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A Equipa

O blog da equipa do SAPO Blogs. Um espaço para falar de blogs, esclarecer dúvidas e partilhar boas ideias.

Meet the blogger: Cláudia Oliveira

21.07.15 | Pedro

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Esta semana ficámos a conhecer um pouco mais a Cláudia Oliveira, também conhecida como A Mulher que Ama Livros.

 

Quem é a Cláudia? Pode apresentar-se?

O meu nome é Cláudia, sou autora de dois blogues: Cláudia Oliveira e A Mulher Que Ama Livros. Tenho trinta anos, sou mãe de um menino com dezassete meses e estou grávida do próximo. Tenho um canal no Youtube dedicado aos livros. Vivo em Alenquer, adoro música, escrever e não gosto de ver televisão. Dormir, comer e ler são os meus verbos preferidos. Sou uma pessoa divertida, sempre com vontade de fazer muitas coisas. Adoro um bom desafio e, apesar de ponderada, costumo arriscar. Tenho mau feitio, mas já me identifiquei mais com essa característica. O meu maior defeito, para além de cantar músicas numa língua que só eu conheço é sem dúvida o facto de desconfiar muito da bondade dos outros.

Com qual dos seus blogs se identifica mais?

Criei A Mulher Que Ama Livros depois de ter o blog Cláudia Oliveira. O blog Cláudia Oliveira existe desde 2008, mas estou nos blogues Sapo desde 2006. Vi o crescimento, a evolução e gosto muito de cá andar. Aliás, consegui influenciar o meu melhor amigo (O Homem Certo) e a minha irmã mais nova (Delícia de Amêndoa) a criarem um blog.

O blog A Mulher Que Ama Livros nasceu da minha necessidade de falar sobre livros. Na altura só conhecia um blog dedicado aos livros em exclusivo, felizmente somos mais. O meu canal no Youtube precisava de um complemento, um blog foi a melhor opção. Escolher entre os dois é complicado, mas posso afirmar que A Mulher Que Ama Livros me define, os livros constroem permanentemente grande parte da minha personalidade. É escrito com o melhor lado do coração, sem usar o mau feitio esporádico. Já no blog Cláudia Oliveira os meus defeitos estão transformados em textos. O meu lado mais refilão e sem paciência. Tenho um carinho maior pelo blog sobre livros, apesar do primogénito me ter recompensado mais.

Como surgiu o seu amor pelos livros?

O meu amor pelos livros surgiu quando era muito nova, desde que sei ler. Pedia livros em vez de brinquedos nos aniversários e no Natal. De maneira a afastar-me da realidade e superar a perda do meu pai aos oito anos, comecei a ler as histórias dos outros. Os livros continuam a ser o meu refugio até hoje. Ainda hoje são uma espécie de terapia. Os livros aproximaram-me do Mundo, ajudaram-me a compreender as pessoas e deram-me respostas que precisava na infância e adolescência. Os livros são muito importantes para mim.

Recentemente, criei o Clube dos Clássicos Vivos e estou muito entusiasmada com este projecto. Um grupo de pessoas vai trocar impressões sobre um clássico da literatura todos os meses. Também está a decorrer a Maratona Gelo e Fogo, dedicada aos livros de George RR Martin. Tem sido uma experiência fantástica. Os livros tornam-me numa pessoa mais criativa e completa.

Qual é o grande desafio de blogar em vídeo? E a principal oportunidade?

Quando descobri os booktubers (comunidade no Youtube dedicada aos livros) não encontrei um único canal português sobre livros. Sempre achei interessante falar para as câmaras. Dar a cara por um projecto, uma causa. O maior desafio como booktuber é conseguir transmitir sentimentos/emoções sobre um livro através das palavras num curto espaço de tempo. Quando recebo um comentário "li este livro por causa de ti e gostei muito" o objectivo é cumprido com sucesso.

A principal recompensa é ter com quem falar sobre livros com os mesmos gostos literários. Aprendi bastante com os vídeos no Youtube: a perder a timidez, a assumir as minhas opiniões e a sair da minha zona de conforto. Tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis por causa do Youtube, de fazer uma participação no Canal Q. Recebo livros de novos escritores para transmitir a minha opinião, o que me deixa lisonjeada. Também faço alguns passatempos com parceria de algumas editoras.

Gravar vídeos para o Youtube sobre livros faz-me feliz.

Pode partilhar connosco o melhor livro que leu até agora este ano?

Este ano li livros incríveis. Gostava de falar nos livros do George RR Martin, no Memorial do Convento de Saramago, no Sentido do Fim de Julian Barnes, n'O Museu da Inocência de Orhan Pamuk, mas vou destacar apenas um. O livro Laranja Mecânica de Anthony Burgess mexeu muito comigo, fez-me reflectir e passou a integrar a minha lista de livros preferidos da vida.

 

Obrigado, Cláudia!

Em resumo (caso tenha perdido estas novidades nos Blogs)

15.07.15 | Pedro

Os lançamentos dos últimos meses têm mantido a equipa muito ocupada, pelo que vale a pena recapitular aqui as principais novidades lançadas recentemente no SAPO Blogs:

- há duas semanas tornámos mais seguro e fácil comentar blogs alojados no SAPO. Para comentar um blog SAPO deixou de ser necessário introduzir os dados de autenticação em diferentes blogs, assim como de preencher tantas vezes o nosso CAPTCHA;

- antes disso, no início de junho, anunciámos a Reciclagem, uma forma de evitar a eliminação acidental de posts e rascunhos;

- em maio, lançámos a funcionalidade Posts destacados, que permite aos autores dos blogs destacarem os melhores conteúdos dos seus blogs;

- finalmente, em abril, começámos a servir uma fornada diária de Blogs quentes, uma experiência da equipa que dá visibilidade aos posts mais comentados pela comunidade.

Já estamos a trabalhar nas próximas novidades, mas queremos saber: o que gostariam de ver a seguir? Como sempre, contamos com o vosso feedback e sugestões nos comentários ou por e-mail

Meet the blogger: Helder Guégués

13.07.15 | Pedro

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O Helder Guégués escrutina diariamente o uso da língua portuguesa no Linguagista desde 2011. Colocámos-lhe cinco questões sobre o blog.

 

Pode apresentar-se?

O meu nome é Helder Guégués e sou o autor do blogue Linguagista, o meu segundo blogue em dez anos. Em Setembro, se o mundo não acabar entretanto, serei também conhecido pela autoria do livro Em Português, Se Faz Favor, publicado pela Guerra & Paz, uma obra sobre alguns dos erros mais comuns na língua portuguesa, com abundantes exemplos e soluções.

Porque decidiu criar um blog?

Depois de anos a fio a anotar laboriosamente cadernos de apontamentos com abonações, usos menos vulgares, erros clamorosos, senti que estava na hora de usar um meio mais prático e optei por um blogue. Mas fi-lo num impulso, e no mesmo momento da sua criação ponderei mantê-lo privado, o que acabou por não acontecer. Digamos, então, que o meu blogue (primeiro o Assim Mesmo e, agora, o Linguagista) não é mais do que o meu diário, ou a parte dele que diz respeito à língua e posso tornar pública.

No Linguagista, o Helder é muito vigilante em relação aos erros de português na comunicação social. Nota que a quantidade de erros tem vindo a aumentar ou a diminuir?

Não apenas na comunicação social, mas é sobre esta, sem qualquer dúvida, que assesto o meu olhar crítico, pelas repercussões que, difundido pela comunicação social, qualquer erro tem. Mesmo com as baixas tiragens que os nossos jornais e revistas têm, o que dá bem a medida do país que somos, as repercussões de um erro num jornal é imensamente maior do que o mesmo erro num qualquer livro. Os erros na rádio e na televisão, que ainda chegam a mais pessoas, são, em parte, de outra natureza, e por isso menos escrutinados por mim. A minha impressão é que não apenas há mais erros, como são mais graves e repetidos, o que mostra que os falantes não aprendem. O Acordo Ortográfico de 1990 só veio agravar o que já era mau.

 

Qual é o erro de português que mais lhe custa encontrar ao ler um texto?

Já vi de tudo, ou quase, mas repetido e grave, e capaz de me levar à apoplexia, é usar-se no plural o verbo «haver» quando significa existir. E neste caem até magníficos reitores. Darei um exemplo, como faço em todas as entradas do meu livro. Recentemente, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, disse, a propósito da competência da Câmara Municipal de Lisboa para criar a taxa de turismo: «Diria que neste momento não tenho de me pronunciar sobre isso. Aliás, a taxa ainda não existe, ela não foi ainda aprovada, poderão haver alterações.»

 

Pode recomendar-nos outro blog no SAPO que siga?

A verdade é que não tenho muito tempo para seguir blogues, já que ocupo demasiado tempo com o meu. Desde que tenho blogues, já publiquei mais de dez mil posts, e, se com alguns perco tão-somente 15 minutos, com outros despendo horas. Ainda assim, tenho por hábito ver a página dos blogues do Sapo e os posts em destaque, e por vezes acontecem surpresas. Que sobra? Quando aparecer um blogue semelhante ao meu, que dedique atenção permanente à língua, não de forma bissexta, mas diuturna, já deixarei o meu e passarei a ler os dos outros. Não é outro o meu desejo.

 

Obrigado, Helder!

Meet the blogger: Vanessa Moreira

06.07.15 | Pedro

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Vanessa criou o nuages dans mon café em outubro do ano passado, mas já é uma cara familiar da comunidade. Colocámos-lhe cinco perguntas para a ficar a conhecer melhor.

 

A Vanessa apresenta-se como artista multimédia na sua bio. Quais são as suas ambições profissionais?

Quando entrei para o curso, achei que ao terminá-lo iria ter muitas saídas e arranjaria logo trabalho, aliás, isso é o sonho de qualquer estudante universitário, porém nada disso aconteceu. Neste momento encontro-me num estágio, que pouco tem a ver com a minha área, mas tento fazer algo à parte para poder divulgar o meu talento, digamos assim, acrescentando coisas novas ao meu portefólio e, possivelmente, ter futuros clientes. Julgo que as minhas ambições passam muito por aí, ter o meu próprio negócio ou conseguir um trabalho na área.

 

Porque decidiu criar um blog?

Na altura em que criei o blog necessitava mesmo de ter um escape à universidade e ao stress pelo qual estava a passar, por isso achei que a melhor forma de me distrair seria tendo um blog, onde pudesse falar do meu dia-a-dia, de mostrar as coisas que encontrava na internet, de dar opinião sobre qualquer coisa da actualidade, etc.. A partir do momento em que comecei a conviver mais com os outros blogs, foi como uma bola de neve e... aqui estou eu ainda.

Qual é o post mais comentado do seu blog até hoje?
O post mais comentado foi o Game of Thrones, why?, embora eu não ache que seja o melhor. Apenas dei a minha opinião sobre o último episódio da série e gerou-se uma conversa à volta disso e sobre verem ou não verem a série. Para mim, de entre os mais comentados, o melhor é sobre as coisas que eu não gosto de ver em blogs, onde deixei dicas de coisas que costumam tornar os blogs desinteressantes e que os bloggers poderiam pegar e melhorar o seu espaço, isto é, se concordassem com elas.

 

 

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O Nuages já passou por vários designs. Quão importante é o design do blog para a sua motivação como blogger?

Bastante importante. Sou uma pessoa que está em constante aprendizagem, super curiosa por coisas novas e adoro inventar. Se tenho um espaço que é meu e não me sinto bem com ele, não faz sentido nenhum continuar a usá-lo. É igual a termos a nossa casa decorada de uma determinada forma e às vezes achamos que aquele objecto já não faz sentido nenhum estar naquela posição ou naquele lugar, então aí pegamos nele e mudamos de sítio para ficar ao nosso gosto. Aquilo que eu tenho notado quanto ao blog e às mudanças pelas quais ele tem passado é que cada vez está mais à minha imagem, pois reflecte os meus gostos, a minha maneira de ser e aquilo que eu gosto de fazer. Essas mudanças fazem-me ganhar motivação que certamente não teria se tivesse o mesmo design do início.

 

"É tão mau gostar do conteúdo de um blog e ele ter um design que varia entre o rosa e o azul fluorescente"

Em termos de design, existe alguma coisa que a faça desistir de ler um blog?

Quando fiz o post sobre as coisas que eu não gosto de ver em blogs, houve quem nunca tivesse reparado que tinha essas coisas e que isso afastava as pessoas, foi algo que me fez pensar sobre os nossos próprios gostos e o que os outros acham deles. Aquilo que mais me faz desistir de um blog é o design. É tão mau gostar do conteúdo de um blog e ele ter um design que varia entre o rosa e o azul fluorescente ou ter links desses no meio dos textos ou simplesmente ter um template que vinha assim, fica assim e nem se dão ao trabalho de o cuidar. Aí, por muito bom que seja o conteúdo, acabo por perder completamente o interesse de o ler, porque não tenho olhos para aguentar aquelas cores e até certo ponto acaba por ser incomodativo quando a imagem total do blog não mostra cuidado nem amor por aquele espaço. Nisto da blogosfera, a imagem mostra imenso sobre nós e se queremos que as pessoas se lembrem de nós, deveremos ter uma imagem no nosso espaço que marque pelos bons motivos, o que não quer dizer que tenhamos de ter algo elaborado, mas pequenas e simples mudanças fazem a diferença.

 

Obrigado Vanessa!