Esta semana entrevistamos não uma, mas três bloggers, as autoras do blog coletivo Plus is More.
Quem faz o Plus is more? Podem apresentar-se?
O Plus is More é composto por mais do que uma pessoa, somos três! A Jo, (Joana Machado) a Ju, (Joana Ferreira) e a S (Sara Ferreira). Conhecemo-nos todas na faculdade no IPAM - The Marketing School, sendo que a Sara e a Joana Ferreira já se conheciam, porque são irmãs! Mas já somos todas amigas há pelo menos 12 anos.
A Joana Machado tem 30 anos e é licenciada em Marketing e Mestre em Gestão de Produto, pelo IPAM. A Joana Ferreira tem 34 anos e é também licenciada em Marketing pelo IPAM, tendo posteriormente efectuado módulo de Master em Novas tendências de Marketing na Católica. A Sara tem 30 anos, como a Jo, e é também licenciada em Marketing, pelo IPAM.
Porque decidiram criar um blog?
Somos leitoras assíduas de vários de blogues e amantes de tudo o que rodeia o mundo da Moda e Beleza, no entanto sentimos que havia uma lacuna relativamente a blogues e temas dirigidos a meninas com mais curvas, mais conhecidas por mulheres Plus Size, que é o nosso caso. Foi então, que decidimos criar o nosso blogue, mais dirigido para um público plus size, mas também com outros temas que também gostamos, relacionados com Lifestyle, Beleza e acima de tudo com algumas coisas do nosso dia-a-dia, para que os nossos leitores possam também perceber quem nós somos.
Qual a vantagem de terem um blog coletivo?
A vantagem é que são três cabeças a pensar! Como temos os nossos trabalhos e, infelizmente, não conseguimos dedicar todo o tempo que gostaríamos ao blogue, dividimo-nos um pouco. Tentamos fazer posts diariamente, hoje escreve uma, amanhã outra, e depois a outra ;)
Que post vosso destacariam de 2015?
A presença no programa de televisão "A Praça". Foi um momento muito importante para nós, pois com este convite conseguimos chegar a muitas pessoas que ainda não nos conheciam e demonstrar a paixão que temos por isto! Posteriormente fizemos um post, onde podemos mostrar a nossa experiência televisiva, os bastidores e todos os pormenores que foram apresentados. Tivemos muitas visualizações e um feedback bastante positivo!
O que vos está a entusiasmar em relação a 2016?
Em Fevereiro deste ano celebramos o primeiro aniversário do blogue, portanto estamos a planear uma festa com bastantes surpresas! E apesar destas surpresas, vêm aí muitas mais que ainda não podemos revelar... :)
O Luís é o autor do Desde 1979 e o nosso convidado desta semana no Meet the Blogger.
Podes apresentar-te?
Alentejano e setubalense, cinéfilo, comunista, apoiante da liberdade de opinião e expressão (às vezes). Filósofo e cozinheiro de formação, operador de sistemas informáticos nas horas não vagas. Colaborador do dezanove, site de notícias e cultura LGBT em português, desde 2010, e um utilizador activo das várias redes sociais e de diversas plataformas online.
Porquê o blog?
Tenho em mim uma necessidade de contar coisas, de partilhar histórias e vivências. É a veia exibicionista e voyeurista que há em mim. Gostava de escrever ainda mais, mas tenho um terrível lápis azul que me autocensura.
O blog mostra a tua paixão pelo cinema. Como é que esse interesse surgiu?
O meu interesse pelo cinema surgiu logo na infância. O meu irmão, eu e a minha mãe víamos religiosamente algumas séries que davam na televisão nos anos 1980. Lembro-me que fui apanhado algumas vezes noite fora a ver filmes pouco recomendados para a minha idade. Deveria ter uns 8, 9 ou 10 anos. Nunca mais me esqueço que houve uma vez em que vi o "Alien" (1979) fora de horas e quando me deixei dormir tive um valente pesadelo, mas aquelas imagens atraiam-me e compensavam qualquer sonho. Foi por essa altura também que eu comecei a ir ao cinema e, quando ninguém queria ir comigo, ia sozinho e não me importava nada. Adorava. Os cinemas Júpiter (que hoje em dia já não existe) e Charlot em Setúbal eram os meus refúgios. Na verdade sempre tive uma atracção pelas imagens em movimento. É como estar hipnotizado e descobrir todo um mundo novo que está ali à mão de semear dos nossos olhos; a imaginação faz o resto.
Dos mais aguardados, estou ansioso por “À Procura de Dory” de Andrew Stanton e Angus MacLane, da Pixar. A tão falada sequela de “À Procura de Nemo” traz de volta Elle DeGeneres e esperemos que Rita Blanco também, num dos melhores trabalhos de dobragem de voz que existe no cinema recente, para ambas as actrizes.
Se pudesses aparecer como figurante num filme, qual seria?
Talvez num dos filmes do Pedro Almodóvar. Em “A Lei do Desejo” de 1987, na cena em que a personagem de Carmen Maura, Tina Quintero, passeia por Madrid numa noite de Verão e homens do lixo lavam as ruas da cidade, a personagem pede que a reguem. Queria ser esse homem, o homem do lixo que a rega com a sua mangueira…
A Margarida é a terceira filha de um nortenho com uma ribatejana que casaram ao fim de 11 meses apenas de namoro, mas que passados mais de 40 anos ainda se dão bem e se aturam com toda a paciência necessária e possível. Lisboeta de nascença e criada nos subúrbios, cresceu numa família feliz, com uma inclinação especial para a música e artes, mas com um cunho muito marcado na discussão e defesa das ideias, argumentos e sonhos. Adora pessoas pois acredita que na sua observação compreendemos e antevemos muitos dos comportamentos mais insólitos da Humanidade.
Foi a essa observação que dedicou uma parte substancial da sua carreira. E foi a sua carreira, a liberdade que lhe foi dada para escolher o seu próprio caminho e a vontade de viver mais e com melhor qualidade que a fizeram tomar a decisão de deixar a cidade pelo campo.
Porque decidiu criar um blog?
O campo sempre fez parte das minhas melhores e mais preciosas recordações, momentos que moldaram quem sou hoje e como olho o mundo, contudo foi a viver no campo que percebi que as experiências vividas no dia-a-dia e algumas delas insólitas eram um manancial fantástico para um blog, ora não fosse a escrita a minha ferramenta predilecta para exteriorizar a observação dos comportamentos humanos.
Foi assim que nasceu o Lisboeta Ribatejana porque no Ribatejo tudo é diferente e especial!
No seu blog, partilha um pouco do seu dia-a-dia no Ribatejo, na perspetiva de uma citadina. Do que sente falta da cidade?
De nada. Quando tomei a decisão estava no auge da minha carreira e para muitos dos meus amigos ao fim de 6 meses estaria de regresso. Já lá vão quase 4 anos e tenho a certeza que tomei a decisão certa. Em Lisboa vivemos com a ilusão de que temos acesso a tudo de forma rápida, mas na realidade não usufruímos nem de metade. No campo, pelo contrário não existe muito, mas as pessoas têm tempo para desfrutar do pouco que há. É essa disponibilidade que faz com criemos hábitos de família, rotinas com amigos e muito em especial pequenos costumes que nos enchem a alma! Se isto não é viver, estar em Lisboa não seria certamente.
Um post que tenha particularmente gostado de escrever em 2015?
Destacaria dois por razões diferentes. O "Sempre a somar!" por retratar as diferenças iniciais que sentimos quando nos mudamos para o campo. É como uma espécie de processo de desintoxicação.
E noutra perspectiva o "Quando o telefone! Ou se torna em memória colectiva..." por representar o amor que uniu gerações da minha família ribatejana e sobretudo pelas viagens de memórias deliciosas que consigo fazer através dele.
Pode recomendar-nos outro blog no SAPO que acompanhe?
Recomendaria (modéstia à parte) o meu outro blog, o Contos de Adormecer. Este é um projecto muito antigo, mas que nunca arranjei nem a coragem nem o tempo para desenvolvê-lo como desejava. A ideia de criar um ponto de confluência de contos, histórias e historietas foi sempre algo que quis criar por ter uma filha que adorava ouvir histórias. A mudança de vida, a abertura para novas realidades e uma perspectiva diferente sobre os meus objectivos de vida criaram as condições para retomar este projecto. O Contos de Adormecer pretende, por isso, ser um ponto de publicação de contos infantis da minha autoria e num futuro próximo de novos escritores. À volta do blog estão a crescer outras ideias que não poderei partilhar para já, mas sugiro que os leitores do Sapo Blogs o sigam também, especialmente os que têm filhos pequenos.
«Porque não?» foi a pergunta, a decisão chegou tarde. Escrever, claro, mas sobre quê, se o blogue é para «dizer coisas ao mundo» e o mundo era o caminho de casa ao escritório? Percebi, então, que já tinha por onde começar: a cidade e as suas personagens. Eu estudava Cinema, mas, porque ainda queria o jornalismo, fui descobrindo bonecos interessantes deste lado do ecrã. Nasceu a primeira rubrica. O resto viria depois, a propósito ou nem por isso.
Como jornalista, que temas ou histórias te interessam mais?
Deixei de coleccionar personagens só para o blogue - agora faço informação regional para a televisão, sobretudo. A verdade é que a cidade, como o campo, também se esgota nas histórias. E o desafio está justamente aí: em descobrir que a alfarroba dá biocombustível, que se pode fazer surf numa prancha de piteira, que há uma rua que tem um pato de estimação, que cada vizinho é uma fonte. Ainda quero experimentar a grande reportagem e o internacional, mas, por enquanto, gosto de revisitar o Algarve e partilhá-lo até aos Açores. As pessoas querem saber umas das outras e isso é muito bom.
Se pudesses convidar uma figura pública para fazer uns posts no blog, quem seria?
Alguém que vai conseguindo, apesar do desgaste a que isso obriga, fazer o elogio das coisas banais. Como o Miguel Esteves Cardoso ou a Alexandra Lucas Coelho, por exemplo. Para as ferroadas que eu não sei dar, convidava o Ferreira Fernandes.
Um post teu de 2015 que se destaque na memória.
Juventude Portátil, sobre estudar, trabalhar e viver por conta própria. E sobre as saudades que tenho de Lisboa. Deixei lá uma série de personagens.
Um motivo para estar entusiasmado com 2016.
Há um ano disse que mudaria de país em 2016. Diz-se tanta coisa no dia 31. Ainda não é desta que vou fazer amigos pelo mundo, mas em Janeiro vou poder juntar a rádio à televisão. Também é bom viajar dentro de um estúdio.