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A Equipa

O blog da equipa do SAPO Blogs. Um espaço para falar de blogs, esclarecer dúvidas e partilhar boas ideias.

"O jornalismo não pode estar a macaquear o pior que existe nas redes sociais"

Entrevista ao Pedro Correia sobre os dez anos do Delito de Opinião

20.08.19 | Pedro

O Delito de Opinião assinala este ano uma década de atividade como um dos principais fóruns virtuais para comentar e debater a atualidade nacional. Não é um feito pequeno para qualquer projeto digital de opinião na era do Twitter e da crescente concorrência da imprensa escrita na procura de autores e textos que gerem cliques. Para entender as razões da vitalidade do Delito de Opinião, ao fim de dez anos e mais de 35 mil artigos publicados, é preciso ficar a conhecer o seu fundador, o jornalista e escritor Pedro Correia. Convidámos o Pedro a visitar o SAPO e a conversar sobre os desafios de gerir um blog com trinta autores e a sua perspetiva do estado atual da blogosfera e do jornalismo.

Destaques:

  • "Soubemos fazer algo que se está a perder muito hoje, no mundo das redes sociais, e que para mim é o desafio intelectual mais estimulante, que é ter a capacidade de persuadir o outro"
  • "Há uma opinião dominante nas colunas dos jornais antes da blogosfera e há outra depois."
  • "O twitter é uma espécie de simplificador do pensamento"
  • "O facto dos blogs bem escritos serem mais raros não os desvaloriza, pelo contrário."

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Pedro Neves: Como é que surgiu a ideia de criar um blog como o Delito de Opinião?

Pedro Correia: Às vezes as coisas começam com um pormenor. O Delito de Opinião surgiu do próprio nome. Gosto muito de imaginar títulos e a partir daí imaginei um blog que pudesse justificar o título. Teria de ser sempre um blog que não fugisse à polémica, que tivesse uma atmosfera plural, onde precisamente a controvérsia fosse gerada a partir do próprio conteúdo do blog. Teria que ser acutilante e ter a pretensão de acompanhar a atualidade. Tudo isto se seguiu ao título. Dez anos e meio depois, continuo a achar que é um bom título.

 

O que leva um jornalista a aderir à blogosfera?

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Nessa altura estava no Corta-Fitas, do qual também fui um dos fundadores. Mas achei que o Corta-Fitas não tinha bem a minha impressão digital. Queria algo que chegasse a ter desde gente do PCP a gente do CDS. Todas as sensibilidades políticas, gente sem partido nenhum, gente à esquerda, gente à direita, republicanos, monárquicos, do Sporting, do Benfica, ou seja, que fosse mesmo uma coisa muito plural para justificar o título.

Eu na altura era jornalista no Diário de Notícias e sentia que o meu próprio jornal não me dava o espaço de intervenção para poder desenvolver as minhas opiniões. Portanto, tive de criar, como aconteceu a muitas outras pessoas noutros jornais e televisões, o meu próprio espaço, aproveitando o know-how, a disponibilidade e as ferramentas existentes, neste caso a plataforma do SAPO.

Conseguimos fazer uma coisa que é difícil interiorizarmos em Portugal: podemos ter opiniões muito diferentes, e até opostas, e isso não afetar a relação no plano pessoal

Essa imagem dos jornalistas a rebelarem-se e dizerem "já que não nos dão espaço, vamos para a blogosfera" é algo curiosa. Não foi preciso vencer nenhum ceticismo próprio em relação aos blogs? Ou sentiste logo o potencial do meio?

Percebi logo e senti que o Delito ia ser algo com sucesso. Aliás, ao fim do primeiro mês, já tínhamos 200 mil visitas. Não houve um dia, nos primeiros tempos, em que não fôssemos citados, inclusivamente na imprensa. Senti que aquela era a receita que faltava para ter uma coisa muito interveniente e acutilante, sem perder a elegância. As coisas mudaram muito entretanto e hoje o registo geral é mais agressivo. A ideia era criticar sem nunca injuriar e entrarmos em polémica uns com os outros, sendo todos amigos, e tratando-nos todos por tu. Conseguimos fazer uma coisa que é difícil interiorizarmos em Portugal: podemos ter opiniões muito diferentes, e até opostas, e isso não afetar a relação no plano pessoal. Nós, em regra, deixamos contaminar tudo, também porque a linguagem se tornou muito mais agressiva. De resto, a minha preocupação inicial era não esgotar o conteúdo do blog com política. Demos sempre muito enfoque a temas culturais, crónicas de sociedade, temas mais comuns do quotidiano, não só de Portugal, mas até questões internacionais. Ou seja, ser muito variado e surpreender o leitor. E acho que ainda não perdemos essa capacidade ao fim deste tempo todo.

 

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O aspeto do blog Delito de Opinião em janeiro de 2009.

Quais são os maiores desafios envolvidos na gestão de um blog com trinta autores e outras tantas dezenas de comentadores regulares?

Também é bom haver regras. Geralmente o oposto dá mau resultado. E uma das nossas regras é estarmos abertos a comentários. Não há comentários fechados e todos somos administradores. Cada um administra os comentários que são dirigidos aos seus textos, que no limite pode chumbá-los todos. É muito difícil construir e é muito fácil destruir, tratando-se de um projeto deste género, sobretudo numa sociedade muito individualista como a nossa, em que cada um gosta de ter o seu castelozinho, e pregar na sua capelinha. Sinto que sempre estivemos, e hoje mais, em contramão, porque ao invés de cada um estar fechado na sua capelinha, há um projeto coletivo. Muita gente que está hoje no blog é gente que pediu para entrar, que gostou do projeto e iniciou a sua participação através da caixa dos comentários.

Muitas vezes vi colunistas conhecidos da nossa imprensa a reproduzirem a mesmíssima ideia de coisas que eu havia escrito no Delito, que é um reconhecimento de que somos lidos

Como é o ambiente nos comentários? Dão-se todos bem, apesar das diferenças de opinião?

Alguns colegas atuais do blog, inicialmente, só iam lá como comentadores com quem tive acesas polémicas, mesmo muito duras. Mas soubemos fazer algo que se está a perder muito hoje, no mundo das redes sociais, e que para mim é o desafio intelectual mais estimulante, que é ter a capacidade de persuadir o outro de que a minhas ideias estão mais certas que as dele e ao mesmo tempo ter abertura de espírito suficiente para permitir que o outro me persuada a mim.

 

Lembras-te da última vez que foste suficientemente persuadido a mudar de opinião?

Agora não me lembro nada em concreto, mas isso pode perfeitamente acontecer e já aconteceu. A questão também é que nós não temos posições tão extremadas a partir das quais não há mais margem de recuo. Se o argumento me for exposto com capacidade, com factos, factos que eu considere incontroversos, e com civilidade, eu posso perfeitamente ser persuadido nessa direção. O que vemos acontecer mais, todavia, é as pessoas começarem aos gritos, ao invés de falarem ou de tentarem persuadir. As pessoas cavam trincheiras e isto é profundamente errado. Nós devemos estender pontes. É muito mais fácil encontrarmos compromisso e entendimento a meio de uma ponte do que se estivermos no fundo de uma trincheira.

 

Recordo-me, há alguns anos, de recebermos um pedido urgente de ajuda por parte de um secretário de estado que não estava a conseguir consultar, por um motivo técnico qualquer, alguns dos nossos blogs de opinião mais conhecidos, como é o Delito. Os blogs ainda são relevantes para o poder?

Não tanto, mas depende. Há alguns. Vou citar dois que nem sequer estão no SAPO, posso falar ainda mais à vontade. O blog do embaixador Seixas da Costa e o blog do constitucionalista Vital Moreira. Aí estão dois exemplos de blogs que são lidos diariamente por comentadores, nas redações e nos círculos do poder, agora que nos aproximamos de um novo período eleitoral. Tanto na parte anterior à campanha, como durante toda a campanha e depois naquelas semanas e meses a seguir, os blogs com mais conteúdo político, como o Delito, continuam a ser seguidos de perto pelos opinion makers, colunistas, que vão à procura de inspiração de temas. Muitas vezes vi colunistas conhecidos da nossa imprensa a reproduzirem a mesmíssima ideia de coisas que eu havia escrito no Delito, que é um reconhecimento de que somos lidos. Hoje a influência já é menor, porque entretanto dispersaram os focos e os jornalistas andam muito ocupados a garimpar os facebooks da vida. A opinião tresmalhou-se.

O que me surpreende no digital é ainda haver tão pouco jornalismo digital. Temos dois ou três jornais digitais, um com grande expansão, mas já devíamos ter maior dimensão.

Dez anos depois parece que se deu uma espécie de inversão, marcada pelo regresso às páginas de opinião dos jornais. Temos muita opinião, sobretudo aquela mais controversa, que gera muitos cliques, nas edições eletrónicas dos jornais. Os jornais não são tão lidos como antigamente, mas parecem ter aprendido algumas coisas com a blogosfera, concordas?

Os jornais vampirizaram, ao longo desta década e meia, muita gente. Muitos comentadores atuais, entre eles o João Pereira Coutinho e o Daniel Oliveira, começaram nos blogs, e podia mencionar mais nomes. Foram vampirizados, agregados a órgãos de informação e a opinião deles passou a ser uma mais-valia, porque nos blogs se escreve de borla. Nos órgãos, ganha-se algum dinheiro, embora cada vez menos...

 

De que forma é que os blogs mudaram o que é publicado na imprensa?

Há uma opinião dominante nas colunas dos jornais antes da blogosfera e há outra depois. A opinião torna-se muito mais acutilante, muito mais interventiva, muito mais atenta aos temas da atualidade. Com uma escrita muito mais dinâmica, e potencialmente mas interativa. Não há aquela escrita gongórica antes existente. A maneira de escrever, nomeadamente nos espaços de opinião, é diferente. Agilizou-se muito mais por via dessa escrita na internet, sem perder qualidade.

 

É justo dizer que a blogosfera puxou os jornais para o digital?

Seguramente, o que não é um fenómeno português, pois acontece em vários países. Começou nos EUA, aqui ao lado, em Espanha, acontece muito também. O que me surpreende no digital é ainda haver tão pouco jornalismo digital. Temos dois ou três jornais digitais, um com grande expansão, mas já devíamos ter maior dimensão. Se fores para Espanha, por exemplo, encontras dezenas de títulos jornalísticos com milhões de visualizações todos os dias, o que é uma realidade completamente diferente. Aqui as coisas vão sempre chegando com algum atraso. Somos um país periférico.

 

Voltando aos blogs, onde é que o Delito de Opinião acertou, como projeto coletivo de opinião, que outros falharam?

Os blogs tornaram-se nicho. O Delito de Opinião fez bem, logo de início, ao criar uma forte interatividade com os leitores. A pessoa sabe que pode ir ali, às vezes até dizer tontices e sabe que a tontice não deixa de ter resposta, a menos que seja insultuosa ou injuriosa. Há ali um espaço para as pessoas desabafarem e isso cria uma rede de leitores, que é um dos segredos do sucesso do blog. Outra coisa foi não nos termos circunscrito a um só tema. Temos ali uma base de conteúdo político, mas captámos leitores que detestam política e vão lá ler outras coisas: uma crítica de livros, uma crítica de cinema, por exemplo. E depois temos um leque de autores variado o suficiente para captar os seus leitores de estimação. Tudo isso somado dá uma coisa apreciável. Continuamos com índices, como tu sabes, simpáticos. Às vezes tem picos, outras vezes, mesmo em meses de verão, como agora, não temos grandes variações para baixo, porque criámos essa regularidade. Há pessoas que começam o dia, antes de ir trabalhar, a ligarem-se ao Delito.

 

O que faz um bom de texto de opinião?

É algo que me ponha a pensar, a refletir, que me dê pistas sobre a atualidade, que me ilumine zonas obscuras da atualidade e me dê pistas para conhecer outras paragens, outros livros, outras pessoas. Eu, por exemplo, cheguei a autores que hoje em dia são meus colegas de blog seguindo pistas que me foram dadas por gente amiga que também estava noutros blogs. E depois há casos de resistência impressionantes. O Francisco José Viegas, outro dos percursores da blogosfera, continua, resiste, sempre com um estilo próprio, ou seja, este fenómeno deixou de ser moda. E quem não estava nele por ser moda, mas mesmo por um genuíno prazer de escrever, tem sempre motivos para continuar. E tens que gostar de escrever, é o segredo número um. Fui formador de muitos estagiários no jornalismo e a primeira coisa que lhes dizia era "tu tens de gostar de escrever" e esta é a outra face da mesma moeda: gostar de ler. Não conheço ninguém que singre nesta profissão, ou na atividade da comunicação, que não goste de ler.

De resto, na blogosfera continua a existir uma escrita com muita qualidade. O facto dos blogs bem escritos serem mais raros não os desvaloriza, pelo contrário.

Também procurámos sempre ser interativos. Em 10 anos de vida do blog não houve um único dia em que não tivéssemos citado qualquer outro blog. Isso é outra coisa que marca a diferença entre aquelas pessoas que montam estabelecimento e agem como se nunca lessem nada escrito por outras. Vivem na bolha das suas próprias sentenças. Nós sempre achámos que queremos ser lidos e ouvidos e também fazemos questão de ler e ouvir os outros.

 

O que achas do twitter?

O twitter é uma espécie de simplificador do pensamento, reduzindo-o a sound bites. Os grandes atiradores de sound bites encontram no twitter a sua plataforma de eleição. Tem coisas que eu acho interessantes, até porque também adoro criar frases. Estou farto de ter amigos a puxar-me para o twitter, mas desagrada-me aquela coisa de estar a pregar aos convertidos, porque, lá está, não gosto de estar na bolha, prefiro estar numa comunidade com pessoas que pensam de maneira diferente da minha.

O twitter é uma legenda, é um título. E a pessoa pode gabar-se: «Estou no twitter com o primeiro-ministro ou o Trump ou o Papa» e fica com aquela sensação que está numa comunidade global mas a realidade é que tudo aquilo é muito estreito, estreito ao pensamento, à argumentação e à linha de raciocínio. Além de que não estende pontes. O twitter potencia mais o cavar de trincheiras do que a criação de pontes e eu prefiro sempre estender pontes.

Não faz grande sentido dizermos "eu sou contra estes populismos", contra toda esta simplificação de pensamento à nossa volta e depois recorrermos às mesmas ferramentas e instrumentos que potenciam precisamente esse simplismo e populismo. É por isso que é o veículo perfeito para um Trump.

 

Receber o convite para ser autor do Delito, um dos projetos coletivos mais conhecidos da blogosfera, implica alguma projeção. Como é que escolhem as pessoas que convidam a participar como autores?

Até hoje não tivemos praticamente uma nega. Temos pessoas de todos os quadrantes ideológicos, pelo que a adesão ao projeto foi sempre muito grande. Fazemos os convites muito em função também das nossas próprias leituras. Eu seria incapaz de convidar alguém que eu não gostasse de ler. Ou que escrevesse barbaridades. Uma coisa é escrever uma opinião acutilante que me contrarie em tudo, outra coisa é escrever barbaridades.

 

Existe alguém que tenhas em mente que gostavas que viesse a participar no blog?

Se pudesse, convidava o escritor Mário de Carvalho, por quem tenho uma consideração enorme e se pudesse convidar alguém para o meu outro blog, que é o És a nossa fé, convidava o Sérgio Godinho, grande sportinguista e uma pessoa que admiro muito.

 

Pensando no arquivo de dez anos do Delito, há algum post que se destaque na memória?

Os textos mais destacáveis são os textos que ficaram reunidos nesta nossa antologia. Ficou um livro muito bom. Tivemos uma excelente editora, a Bookbuilders, e são sempre os textos que estão mais dissociados da agenda política e mediática. Ou seja, a política é muitas vezes a espuma e quando a espuma se dissolve, o que fica são textos que têm a ver com as nossas memórias pessoais, com uma viagem que nos marcou para sempre, com aquele livro que jamais esquecemos.

 

Fui espreitar o arquivo do Delito de Opinião, em particular o primeiro agosto do blog, em 2009, e foi curioso notar alguns paralelos com o nosso agosto de 2019, a começar no facto de também se estar, como agora, à beira de eleições legislativas. Falava-se muito disso, da TAP, da Gripe A, mas não de incêndios, ao ponto de existirem até referências à silly season de agosto. Achas que ainda existe silly season?

Acho que isso tende a acabar, primeiro porque a silly season estendeu-se ao ano inteiro. Hoje temos um ano inteiro de silly season. O futebol, e adoro o futebol (de tal maneira que também tenho um blog de futebol), contamina a agenda diária do jornalismo. E quando não há notícia, inventa-se, especula-se, o boato torna-se facto - há até jornais que agora têm colunas intituladas «rumores». O rumor que se imprime hoje antes era algo que só se dizia nos cafés.

Os jornais, para venderem (e como andam a vender cada vez menos), estão a fazer a aproximação cada vez mais perigosa ao pior das redes sociais, e com a linguagem própria das redes sociais.

 

Sentes que o meio digital veio precipitar esses males. A sede das audiências?

É o sensacionalismo, a crítica não comprovada, o boato transformado em notícia. Tudo isso está a matar o jornalismo e mata a cidadania, porque não há cidadania sem jornalismo. Os únicos estados que prescindem do jornalismo são os estados totalitários. Para sobreviver, o jornalismo não pode estar a reduzir-se à sua própria caricatura. Não pode estar a macaquear o pior que existe nas redes sociais.

 

Aproveitando que estás aqui, no SAPO, tens algum feedback que queiras partilhar connosco? Algo que podíamos melhorar, por exemplo?

Acho que o SAPO devia criar um evento anual, que permitisse a quem participa na blogosfera a conhecer-se pessoalmente, e não só os que escrevemos nesta plataforma, de que tanto gosto - sinto-me em minha casa. Devia haver um evento que possibilitasse isso, a pretexto de qualquer coisa. Não estou a falar de promover um concurso, mas um evento social que permitisse esse convívio, que é algo que muitas vezes potencia outras coisas. Também podiam criar um emblema ou distintivo que distinguisse os blogs da vossa plataforma ao fim de 10 anos. Ficar ali com um boneco giro, como uma espécie de reconhecimento.

O Delito é dos poucos blogs que tem neste momento uma rubrica "O Delito de Opinião há 10 anos", ou seja, já temos memória histórica suficiente. Embora a memória digital se vá perdendo, os futuros historiadores encontrarão no nosso arquivo um grande testemunho dos factos, dos acontecimentos, das maneiras como as pessoa reagiram a eles, o que se pensava na altura, como se escrevia e comunicava na altura. Temos de pensar que estamos a escrever para o presente e para o futuro.

 

Falando do futuro, que planos têm para o blog? O que resta fazer?

Para já é continuar. Enquanto der gozo, eu continuo com as pessoas que estiverem. O blog mantém-se dinâmico. Há poucas semanas entraram mais autores, provavelmente vão entrar mais. Tentamos também ser um blog paritário, embora nem sempre se consiga. É importante haver tantos autores quanto autoras. E nisso fomos percursores, muito antes desse tema estar na agenda mediática e de haver quotas, como agora, para tudo.

Temos grandes níveis de participação por parte dos leitores e isso também ajuda. Tenho o princípio de procurar responder a todos os comentários. Isso dá um traquejo muito grande. Estar há 13 anos, todos os dias, a escrever na blogosfera, como eu estou, há 13 anos, agiliza muito. Nunca fico com a angústia da folha em branco, sem ideias. Nada disso.

 

Por fim, uma questão mais pessoal. No perfil de autor, mencionas que já fizeste duas viagens à volta do mundo e sugeres que vai haver uma terceira. Vai mesmo haver?

Vai haver uma terceira volta ao mundo, vai. Tenciono escrever em breve sobre isso.

Obrigado, Pedro!

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